E o nome é...

quarta-feira, abril 30, 2008



Vamos começar com um update na minha semana.

1 -
A alguns dias atras meu PC entrou no maravilhoso processo chamado "curto circuito eminente"... o que significa que ele, essencialmente, funciona apenas quando quer.

No ultimos dias eu tentei de tudo. instalei um segund0 HD, limpei tudo... etc etc... cuidei como se fosse meu pequeno bebê ao qual tratei como um excelente escravo pelos ultimos 6 anos =3 (eu realmente dou trabalho pro meu pc entre jogos, textos, videos, edição de videos, audio e fotos...)

Uma das curiosas consequências disso, é que meu teclado morreu. Portanto, sou obrigado a usar este teclado da foto acima...

Eu não posso enfatizar o bastante o quanto eu ODEIO meu teclado reserva... dentro do limite do ódio conferido a periféricos eletrônicos, eu acho que estou lá em cima. A pior parte é que isso limita demais o meu processo de escrita. O que me obriga a ficar mais uns dias no planejamento...

2-
Então... sai de casa esses dias, algo que não tenho feito muito ultimamente... Não há muito o que se fazer por aqui (pra quem não dirige como eu) e a pesquisa de emprego é quase toda online. O que realmente me deixa sem muitas opções.

Então, eu saio de casa, pego uma Van, sigo meu caminho... tudo bem... tudo legal... dentro da Van, uma mulher conversa com a cobradora, a cobradora se ocupa em trabalhar. Óbvio. Por falta de opção, eu sento ao lado de tal mulher... pois meu Karma me odeia. Óbvio.

A mulher continua falando, e no cantinho do meu olho noto duas coisas: a cobradora não responde mais... e a mulher esta falando, olhando pra mim! Eu, claro, munido de minha incapacidade de ficar quieto e da minha disfunção genética de querer ser gentil.......... O que se segue agora é a transcrição aproximada da conversa...

Mulher: ''Ai que absurdo né... nem tem uma lotérica direito nessa cidade''
Eu: ''infelizmente...''
Mulher: ''Ai que saco...''
Cobradora: ''Tem uma ali ó... não ta muito cheia''
Mulher: ''iiih não, deixa, eu vou na outra...''
*20 segundos depois*
Mulher: ''Queria saber o que esse povo tanto faz nessa cidade... aqui não tem nada...''
Eu: ''Bem... é uma cidade turistica... mais movimento nas férias''
Mulher: ''Por isso esse monte de Pousada... alias é hotel ou posada?''
Eu: ''Pousada...''
Mulher: ''Na verdade é tudo motel''
Eu: *olhando a mulher, enquanto tento processar a informação*
Mulher: ''Por que eles não falam que é motel logo? É vergonha? Eu só conheço um motelzinho por aqui que se diz motel mesmo''
Eu (só pra não ficar calado): ''Bem... como pousada eles podem alugar o quarto a noite toda... motel raramente faz isso...''
Mulher: ''Ah pra mim é tudo igual... com meu marido, as vezes quando a gente largado a toa em casa a gente sempre vai pra ''Pousada'' ''
Eu: *Sorrindo gentilmente por realmente não ter ''como'' responder a isso''

1 minuto depois, a mulher desembarca da Van... e eu, apenas 30 minutos depois de pisar para fora de casa, já fui exposto a uma bela dose de informação sobre a vida sexual intima de pessoas completamente desconhecidas...

Por acaso eu mencionei que a mulher tinha cerca de 35~40 anos?
Por acaso eu mencionei que a van estava lotada?
Por acaso eu mencionei que a cobradora me deu um sutil olhar de ''tadinho dele'' durante a conversa?

Pois é...

Agora, de volta ao tópico em questão!!

Recentemente eu decidi. O nome do meu livro se chamará... ''Aesir''

Na antiga linguagem nórdica, áss (ou óss, ás, plural æsir, feminino ásynja, plural feminino ásynjur) é o termo mais usado para o nome de um dos grupos de Deuses do Panteão Nórdico. Incluindo figuras conhecidas como Odin e Thor. O outro grupo sendo conhecido como Vanir (do qual falarei em outro momento)

Nomes são dificeis quando se escreve... é importante evitar clichês. E nomes são a primeira simbologia em qualquer obra. Eu não queria um titulo qualquer, nem um americanizado. Por isso Aesir me pareceu apropriado. Pois inspira um sentido espiritual e forte, o que tem grande contraste com os personagens principais. Uma vez que o mundo do livro é visto pela ótica desses personagens.

Porém, o mundo de ''Aesir'' foge da proposta tradicional. Esse não é o mundo que você conhece pela mitologia. Mas sim, o mundo que existe ALÉM dos fatos mitológicos dos livros. Muita coisa é revista e repensada. E como tal, os Aesir, não são simplesmente Deuses. Mas sim uma guarda real. Protetores do grande Patrono, Odin. E membros seletos de uma elite de combate, pequena, e especializada. Num mundo mitológico de uma Asgard mais romantizada e militarizada.

Quer saber mais? continue lendo! Deixe um comentário, faça perguntas...!

Começando do começo

sábado, abril 26, 2008

Bem, imagino que o começo adequado seria me apresentando, certo?

Me Chamo Ricardo. Tenho 23 anos e resido em Rio das Ostras, no litoral do Rio de Janeiro. Natural de Niterói. Namorando (com alma gêmea localizada!!), nerd "old school" (se tal termo pode ser usado =B ).

Este Blog foi um pequeno "brainstorm" que tive. É uma forma de me manter ativo enquanto ao mesmo tempo, busco passar informações sobre meu grande projeto.

...bem, pelo menos pra mim ele é bem grande!

Vejamos...

Começando em 1993, foi quando tive contato com 2 coisas que mudariam minha vida para sempre. RPG e Computadores. Eu tinha 8 anos na época.

Meu Primeiro jogo foi "O Mestre das Charadas". Na verdade, um Livo do tipo "Aventura solo" no qual você joga sozinho e vai tomando decisões, e as decisões te levam a certas páginas, e que fazem a história desenrolar diferente. Mas este tinha regras para que pudesse ser adaptado a um jogo de mesa tradicional, e foi isso que fizemos.

E foi simplesmente sensacional.

Não muito tempo, o próximo passo Lógico foi Tagmar (e suas coloridas tabelas abismais) e as revistas Dragonslayer e Dragão brasil. Já nessa época eu já estava cativado pela Tv Manchete (e quem não estava?) Jiban, Jiraya,Jaspion, Machine Man, Lion Man... todos faziam parte da minha rotina obrigatória de TV. Nunca fui fã de Tom & Jerry, Flintstones e afins...

Passam-se alguns anos, Já tive a chance de conhecer Dragon Quest, Hero Quest, First Quest, Spellfire, Gurps, Gurps 3, D&D, AD&D, D&D3, D&D3.5 Shadowrun, D&T, AD&T, Tormenta, Toon, Paranóia, Storyteller, Mini-Gurps (desafio dos Bandeirantes!!) e alguns outros... dá pra notar que eu conheci o Hobby a fundo, não é? =P

Isso nunca me impediu de ter uma vida normal, muitos amigos e fazer as coisas que toda criança fazia... Hora lá estava eu bancando o meio-campo no time da escola, e depois da aula, era o mestre da mesa de AD&D.
Coisa normal...

Eu costumo a dizer que nasci na época certa... tudo aconteceu junto! Conheci o RPG, e depois conheci anime e em seguida a internet... e uma modernidade puxa a outra com uma naturalidade espantosa. E numa época de Dragonball Z, Pokemon, Sailor moon (odeio mas assisto... vai entender...), Cavaleiros do Zodiaco e Revista Herói (como toda especialista no gênero, uma excelente revista pra falar e não dizer nada... algo que só hoje eu descubro, pois na época eu corria pra comprar cada edição!) eu me descubro um "erudito" em todas as coisas "Pop" do momento. O ponto alto da vida de um nerd...

Tempo foi passando... o desejo de criar histórias e inventar mundos era grande e constante. Senti a minha "caixa de pandora" ser aberta. Pois idéias e pensamentos se tornavam realidade na ponta do lápis, e vinha um projeto depois do outro. Então, ali pelos meus 16 anos, eu começo a invadir o ciber-espaço!

Hoje eu não tenho muita certeza, mas acho que foi nas Salas de RPG da UOL que realmente começou... naquela época as pessoas realmente iam para essas salas de Chat (o termo usado na época ainda era bate-papo) interpretar. Criar personagens, histórias, se conhecer. Lutavam e as lutas eram sem dados. baseadas apenas em Bom senso... e em 90% dos casos ninguem perdia. Ou o vilão Fugia, ou alguem tinha de sair por que a mãe tava chamando... era democrático, caótio e ao mesmo tempo muito inspirador.

Ali nasceu um nome... Arthuros Seiga. Originalmente Artur Sega. Romantizado pouco depois dentro daquilo que eu pensava ser "grego".

Arthuros era um anjo, um celestial, um celestino. Mas não subjulgado ao "Spiritum Sancti" ou as regras da religião cristã (das quais nada tenho contra... claro), eu queria um personagem interessante... amplo... que pudesse me dar mão de coisas inusitadas.

Nesta época eu tinha um Playstation e nele jogava muito Valkyrie Profile ( Wikipédia! ), e me deu a idéia: "Poxa, esse jogo tem uma história tão legal. Trágica, forte, séria, madura... quase uma opera! Eu quero estar nesse mundo". E Pronto... Arthuros Seiga virou um Anjo de Asgard.

Mas não bastou. Nesta época, meu vicio era Digimon 3. Cuja a musica de Abertura era "The Biggest Dreamer". Eu gostei da sonoriedade do termo, e o que ele representa... e BOOM. Achei meu pseudonimo online até hoje (da época em que meu nome no ICQ era só um monte de numero e eu nem sabia o que era MSN!) e Arthuros Seiga, o Anjo de Asgard, recebeu o Codinome "Dreamer". O Anjo dos sonhos.

Sem querer, meu personagem já tinha muita riqueza... "Por que ele tinha um codinome?" eu me perguntei "Por que Asgard não é como o céu normal... é militar. Aqui, lealdade e força fazem a diferença. Codinomes tem tudo haver com esse ambiente!" ... eu me respondi.

Naquelas salas, os jogos avançaram por muito tempo. Numa era medieval de magia e espada, meu Pseudonimo cresceu. Dali ele partiu pra mesas de jogos, depois, jogos via ICQ e via MSN... eventualmente o personagem chegou ao Orkut.

O mesmo personagem... sendo modificado quanto a poderes e habilidades levemente de sistema para sistema e de época para época. Mas a personalidade e estilo eram sempre os mesmos. Eu era péssimo para imaginar certas coisas (como nomes...) então me parecia mais facil pegar um personagem que eu realmente gosto e usar ele pra tudo.

Aos poucos a história do personagem cresceu sem nem eu ver. Sozinha! Hora eram jogos no mundo medieval, hora estes jogos era nos dias atuais. Como ele chegou lá? O que aconteceu durante esse tempo? Por que o mundo mudou tanto? Aos poucos eu fui tentando justificar a existência do meu personagem. Deixando-o com a história mais rica... agregando outros personagens a seu passado. Amigos, inimigos, Colegas, Família... tudo foi de forma tão inocente que não havia por que pensar em qualquer outra coisa.

Dos meus 16 anos, aos meus 23 anos, Arthuros existiu na minha mente como uma figura Mitológica particular... era uma imagem de união, através dele era possivel explicar (para mim) como o mundo de "O senhor dos Aneis" acabou virando o mundo de "Matrix" e fazia sentido (para mim). Por que os poderosos Dragões e Elfos sumiram e os humanos, sem poderes e cheios de defeitos, existem em todos os mundos? Eu buscava respostas para estas perguntas... e não sabia que isso era a essência da criação de algo.

Aos poucos eu percebi que tinha isso na minha cabeça... era uma distração. Quando queria viajar ou me distrair sozinho, me lembrava das aventuras engraçadas e das conversas, e das histórias do personagem... é quase como um ator se lembrar de uma peça que participou.

Mas a coisa tomou forma...

uma linha-do-tempo se formou. Uma sequência de eventos. Buracos foram preenchidos, nomes forma dados, e tudo tomou uma estrutura. Uma estrutura de capítulos.

Eu percebi que tinha material para um livro na minha mente. Uma história boa, interessante, nova, inovadora, séria, madura... a cara de tudo aquilo que eu gosto. Com os clichês já resolvidos, e os buracos tapados. Mas eu nunca escreveria. Por que? É quase impossível publicar no Brasil... nós importamos heróis e mitos. Angus, Harry potter, Eragon, Frodo... quando muito, se um autor brasileiro resolve escrever algo aqui, é cheio de Sacis e Curupiras. Afinal "isso é Brasil" e então temos de obrigatóriamente envolver a cultura local e enaltecê-la em proporções épicas! Míticas! Misticas!

Honestamente? Eu não acho...

Fiquei confiante quanto ao que eu tinha... mas nunca iria escrever. Eu sei como a história acaba. Sei como começa. Sei todos os personagens, eventos e os melhores diálogos. A história me agrada, e eu a adoro... ela me serve. É meio egoísta, mas eu não preciso que ninguem a leia. Exceto... que eu gostaria que mais pessoas tivessem acesso a ela. Não para "me" enaltecer ou vangloriar. Não mesmo. Mas para dar chance ao novo, fazer o novo, criar denovo.

A minha vontade era de realmente mostrar essa história ao mundo ao meu redor, deixar ela tomar vida finalmente...

Mas é dificil
e caro
...muito caro.

Já nessa fase do meu pensamento, conheci minha namorada Atual, Danielle. (ela é menos nerd do que eu, mas tem um toquezinho dentro dela inigualável =P), contei para ela desse meu sonho... contei a história.

Não teve outro jeito, ela me pegou pelo ponto fraco. Fez perguntas! Eu adoro perguntas... elas me animam, me permitem falar de algo que gosto sem que eu precise agir de forma paranóica e forçada. E a melhor parte... ela gostou do que ouviu.

E passou a insistir que eu deveria tentar escrever esta história.

E é por isso que eu estou aqui! E eu espero que seja por isso que você esta aqui também... você gostaria de embarcar nesta viagem comigo? Eu decidi abrir este Blog para 3 coisas:

1- Me incentivar a escrever
2- Pré-divulgar meu trabalho
3- Organizar as idéias

Aqui pretendo postar pequenos trechos de informação que fazem parte do livro. Falar sobre o processo criativo, discutir temas relevantes (ou não...) e tentar escutar vocês. Eu realmente quero por esse livro ai no mundo. Não estou pensando em lucro ou vendas (só não quero prejuízo!), E Nesse momento, meu desejo singelo é de que alguem ai fora veja este Blog e pense "nossa, eu não sou tão diferente assim..." e faça o mesmo.

Bem, é basicamente isso...

Então, deixe um comentário... quer me ajudar? Espalhe este Blog por ai. Divulgue. Comente, pergunte, critique... me deixe saber!

E seja bem vindo a esta incrível jornada!