sábado, maio 17, 2008
Após escrever e re-escrever, já tenho neste momento 12 páginas do que eu considero "produto final".
é um sentimento muito bom na verdade. Um que me faz questionar a profundidade a qual quero levar este livro. É curioso, por que são assuntos inevitáveis. Quase se trata de fantasia, aventura, anjos, demônios, ficção... existe todo um leque de assuntos que querendo ou não, serão abordados: Moralidade, Certo e errado, bem e mal... e claro, Religião.
O mundo de "Aesir" é atípico neste departamento. Pois as coisas não são vistas da forma tradicional, preto-e-branco, que se imaginaria desse tipo de coisa a principio. Este é um mundo mais complexo, com muitas nuances e tons intermediários. E transferir essa idéia ao papel é extremamente complexo.
Afinal, não é de meu interesse debater ou questionar a fé de ninguem. O livro nem sequer trata disso. Ao mesmo tempo, não é uma enciclopédia. E não é interessante a quem lê, se encontrar frente a blocos de texto explicando sobre a dualidade de mundos de ficção.
No mundo de "Aesir", existe um elemento básico que constantemente acha uma forma de aparecer nos meus escritos. Sistematicamente, elementos místicos e mitológicos são adicionados em seus lugares certos, e recebem uma nova "Mão de tinta". Ou seja, uma aparência que não é a clássica. Disponível na Wikipédia ou em qualquer livro colegial.
Acredito que faço isso, pois acho que é a parte mais curiosa e interessante de escrever Ficção. Isso nos permite explorar possibilidades e mundos absurdos, sem a necessidade de agradar ninguém ou ter uma coerência história. Basta estar bem explicado, no lugar certo, e ser interessante. Isto é o bastante para envolver o leitor em algo que o faça sentir que ele não esta perdendo o seu tempo com texto inútil. Mas sim, que esta explorando uma faceta curiosa de algo tangível e real.
A experiência se assemelha a como ler "O Senhor dos Anéis" e pular os trechos de Tom Bombardil; Pois não estavam no filme! Você não perde nada da história central... mas deixa passar alguns detalhes curiosos, que só existem para enriquecer o universo. É com essa mentalidade, de fundir a história principal com detalhes interessantes, que busco escrever.
A parte onde parei, é onde se inicia a primeira cena de ação e combate do Livro. Eu particularmente adoro essas cenas, e acredito que as descreva muito bem. Cada luta é um balé. Existe uma sensação de ritmo constante. Algo que faz o leitor viajar e imaginar as cenas. Essas cenas são importantes para mim, pois elas fogem do que estamos acostumados a ver. A minha influência de cinema e anima é absolutamente inegável. Eu seria um tremendo mentiroso se dissesse que não tenho influência do ritmo caótico e musica pesada dos grandes filmes ou do elegante ritmo e perfeito senso de drama dos animes. Esta tudo lá, em forma escrita. E eu pretendo tomar cuidado para manter um balanço justo entre a história e ação.
Pois na verdade, nenhuma obra sobrevive só de um ou só do outro.
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